Dizem que bastou apenas uma cruz para que um homem levasse a culpa por todos os outros, os fazendo assim, serem inocentes. Outros dizem que cada um tem que carregar a sua cruz, seja literal ou metaforicamente. Eu acredito nas duas histórias.
Para alguns carregar a sua própria cruz é um fardo pesado demais que preferem amenizar o peso de suas cruzes, aliviando o peso de suas cargas pelo caminho.
Joseph, era um menino muito sonhador, sofredor, irmão mais velho, filho de pais separados, vítima de bullying, criou para si um mundo somente seu, que o ajudava a levar os dias de forma mais leve. Ele procurou aliviar a sua carga que já era demasiada pesada, não por ser acumulador, mas pelo lixo que as pessoas gostavam de jogar em seu caminho, fazendo com que ele se sentisse culpado por aquilo, lhe fazendo assim acumular pensamentos e mais sentimentos.
Sempre correu atrás do que queria. Exceto de ser quem realmente nunca quis ser, por medo entre outras coisas. Preferiu se esconder atrás de um nome, de um alter ego chamado Naquédi. Que permitia ser quem sempre quis ser. Como se ela não sentisse medo, dúvidas ou coisas assim.
Philipi, era um menino muito popular, fama essa que transcendeu a sua timidez gritante, fazendo com que Joseph invejasse esse status. Ele queria tanto ser como ele ou apenas estar perto dele, não de forma má, mas de forma a se sentir melhor perto de alguém que o fizesse se sentir mais seguro.
No entanto, anos mais tarde percebeu que o seu ídolo não passava de um ser comum, que tinha problemas tão gritantes quanto os seus. Por hora, ele prefere ser quem é, sem mais medo de se esconder ou fingir. Carregando ou não a sua cruz, decidiu seguir o seu caminho longe de todo esse apogeu.
Continua...