Tem se tornado oneroso
Não por preço,
por que tudo na vida tem seu custo,
mas por questões mais profundas,
que não conseguimos mensurar
A nossa contabilidade é sempre falha,
por mais que tentemos registrar todos os ativos,
Mais louco.
Sempre se reprimiu.
Muito mais do que já fora.
Hoje, culpa todo seu cansaço e relapso, a amplificação da sua dor, que insiste em chamar de fibromialgia...
Talvez seja mesmo ela a culpada de todo esse seu dissabor...
Agora, entende porque alguns escritores escrevem em cafés ou em lugares abertos, com pessoas em movimento...
Pois no silêncio não se ouve a voz da multidão, não dá para criar muitas coisas baseadas nas cenas ao vivo...
Há apenas o vazio em mergulhar bem fundo para encontrar em si uma pequena fagulha de inspiração.
Com fones de ouvido, consegue ouvir alguma coisa, mesmo que sua atenção esteja focada em ouvir seus pensamentos quando estão produzindo...
Quem sabe o que pode surgir disso? Um livro? Talvez mais um para a sua coleção...
Qual é a marca do meu celular?
Estou tão cansado desse desafio
Que é tentar te agradar
Talvez isso seja parte do meu objetivo
Talvez isso faça parte do meu risco
Talvez isso seja só pra me irritar
Eu talvez aja sem pensar
Não consigo mais simplesmente te escutar
Fico sem pensar e argumentar
Estou tão cansado desse desalinho
Que eu não quero mais nem brincar
Olha quanto tempo já se passou
Olha aqui como é que você me deixou
Meu coração trepida sem importar
Se a minha hipoglicemia vai se manifestar
A fé?
A esperança?
Um desejo de mudança?
Uma necessidade?
O que mais poderia ser?
Simplesmente devoção?
Adoração?
Manipulação?
Autoflagelação?
Crer ou não crer, eis a questão?
Tudo que tememos,
continua sendo temido,
por que não encaramos como deveria ser.
O medo é a pior coisa do mundo,
mas quando misturado
com uma boa dose de coragem,
podemos fazer tudo
que antes achávamos que não podíamos.
Outras, apenas um fio de esperança.
Descobri que minha falta de atenção
é por causa da minha procrastinação.
Maldita seja essa...
Que me pega e me retarda...
A ponto de me deixar sem vontade
de fazer qualquer coisa que eu precise ou não...
Aparentemente era mais um ano como outro qualquer.
Sabe, quando você chega a um ponto da vida, em que pensa que não precisa mudar nada?
E com isso, não pensa que tem problemas com a sua rotineira e pacata vida.
Quando ouve de um desconhecido, que o ano passado não foi um ano bom, mas que esse seria, você fica pensativo, pensando de onde vem aquele ser, com aquela mensagem do nada... ainda mais naquelas condições?
Melhor pensar que era a fala de um louco e você ainda mais louco por ouvir ou acreditar nele...
O que os seus admiradores não sabiam, é o que efetivamente aconteceu no dia 13 de maio de 2022.
Viviam nessa humilde residência, danificada pelo tempo, um grupo familiar, muito animado e festivo.
Acredita-se, que sua renda vinha de doações e da coleta de recicláveis.
Era estranho para os seus vizinhos, verem que eles se levantavam tarde e aos fins de semana, mesmo sem energia elétrica, faziam grandes festas com música alta.
Foi depois de uma dessas festas, que o dono do terreno, que emprestará a casa para que essa peculiar família habitasse, decidiu tomar de volta sua posse.
Esses inquilinos, não pagavam aluguel, não respeitavam a vizinhança ao redor, no entanto, o usucapião não se aplicava a eles.
Foi nesse momento de embate, que o dono do terreno ouviu da boca da matriarca da família, que eles sairiam, iriam embora, mas que ninguém e nem nada seria feito ou habitado naquele local depois deles partirem.
Somos todos vencedores...
Pois, olhe quantas coisas já vivemos e experimentamos...
Se não fossemos tão exigentes e desejosos da vida alheia...
Seriamos mais gratos por tudo que já conquistamos,
Até aqui, que é tudo isso que nós temos!
Às vezes, aos olhos dos outros, não temos nada de bom ou de valor para oferecer, mas mal sabem eles, o que realmente acontece aqui dentro. Acho que não vale mais a pena gastar tempo, tentando explicar o que ninguém deseja saber ou entender...
Autor: Theo Merino, 2024 |
Existem pensamentos, que nunca deveriam tomar forma ou vida, pois são avessos demais a moral humana, que se formos mais a fundo, chegamos a Deus como um ser que não é regido pela moral.
Um exemplo: um fungo ou um vírus, foi criado para um propósito e não podemos classificá-lo como bom ou ruim, mas como um cumpridor do que foi projetado para ser.
Então, diante disso, vemos que a moral humana é muito limitada, hipócrita, baseada no ego e no achismo, no entanto, escrever e publicar meus escritos, me tornou um homem mais corajoso.
Ouvir palavras doces, como as que ele emanava, seriam um divisor em todo seu oceano de dor.
Infelizmente, nem tudo o que queremos é possível.
Nem tudo que esperamos acontece.
Vivemos frustrados, na frustração de uma espera recíproca, ou nem tão recíproca assim, pois não enxergamos nem nosso umbigo, quem dirá o que fazemos com os outros.
Esperar que o universo te retorne flores, se nem sementes plantas, apenas com mentiras regas, a espera da poda de seus espinhos, mas que ressequidos insistem em ferir qualquer um que tenta se achegar.
Livro é algo que precisa ser escolhido, ser comprado e pago.
Sinceramente, algo que não tem valor pra alguém, é certeza de que não receberá a sua valorização devida.
Mas o desejo dele de dar seus livros, é de se fazer conhecido.
Feedbacks sinceros recebe, mas o que esperar de quem não o valoriza?
A reflexão se fez necessária.
Num mundo em que muitos querem e esperam por uma doação, ele resolveu doar, entregar o que pensava ser o seu mais precioso tesouro.
O amor é como o fogo, quente, queima, arde, aquece, abraça, afaga, às vezes, estraga e até afasta.
É estranho, e isso se assemelha com o processo de escrita.
Por vezes, rascunhos são feitos, jogados ao vento, vez ou outra, deixados de lado, mas em certos momentos, são recuperados e servem de amparo para um autor sem inspiração.
Ele não perdia a inspiração, por mais que a respiração lhe faltasse, fosse difícil e confusa em meio ao seu desaguar.
No marejar dos seus olhos, até a lágrima se formar por inteira, ele sentia que algo saía.
Pensou que se talvez chorasse um mar de lágrimas, sentiria que um oceano formaria, talvez como no dilúvio, um novo dia chegaria.
Mesmo achando que tivesse morrido, por estar ressequido, um novo caminho de palavras surgia, mesmo na surdina e que menos leitores o leriam.
Egocentrismo
O que o homem mais faz, é isso
Instigar o que não quer alcançar
Isso é maldade ou necessidade?
Se aproveitando do desejo alheio
Às vezes, a pessoa está em paz
Mas a outra vem pra despistar
Vez ou outra eu sou esse ou aquele
A palavra era o verbo e o verbo estava escondido.
Até ser completa, uma história, ela passa por muitas fases.
Existe a ideia, a inspiração, o desejo, a vontade, a escrita, a temática e a vivência do autor.
Não importa mais se ele se senta em frente a uma velha máquina de escrever, ou se ainda usa folhas de papel para derramar sua alma.
Por mais que alguns autores insistam em dizer que escrevem sem se envolverem nas histórias, eu não consigo acreditar nisso.
Quantas coisas acontecem dentro e fora de nossa bolha?
Pensar que pessoas que vem situações de perto, desprezam os anseios alheios, parecendo cegas, surdas e mudas.
Mas como tudo sempre tem dois lados, para um estar certo, o outro precisa estar errado.
Ele não era muito de falar, mas contava histórias como ninguém.
Ele se escondeu atrás de um pseudônimo que o proporcionava viver e sentir como se fosse livre, como alguém que não tinha defeitos ou máculas.
Por mais que sua vida fosse sombria, ele sorria quando escrevia, pois se realizava muito nisso.