Depois de algum tempo, o príncipe percebeu um certo silêncio. Havia anoitecido. Olhando por uma das frestas da torre em que se encontrava, ele viu ao longe que seu querido amigo dormia ao relento, perto da ponte do castelo. Ainda atemorizado pelo que o transtornou, não teve coragem de baixar a guarda e a ponte. Mesmo assim ficou a espreita vigiando seu amigo até o que o sol raiasse.
Assim que o sol acendeu, o plebeu acordou, lavou seu rosto nas águas do rio e foi ao bosque buscar algumas frutas para comer. Separou alumas para o seu nobre amigo, na esperança deste o deixar entrar. O que por hora ainda não acontecera. Este ainda esperou por uma saudação pela manhã, mas nem isso também.
Como havia velado seu amigo a noite toda, o príncipe, dormiu por uma boa parte do dia. Toda a manhã, até um pouco depois do meio dia. Quando despertou, sentiu sede e fome, mas sem seus criados e ainda dominado pelo medo, ficou apenas escondido, quando enfim se lembrou de algo que poderia funcionar. Decidiu mandar uma mensagem para seu pobre amigo plebeu, pois não suportava mais ver a dor que causará em seu caro companheiro. Viu a pomba branca utilizada de forma costumeira, escreveu em um pedaço de pergaminho que existe uma passagem secreta para o castelo, mas que ele precisaria descobrir. Quando o pobre plebeu viu a pomba, um sorriso vindo do seu interior, aformoseou todo o seu rosto, mesmo sabendo que teria que descobrir em que parte externa do castelo, essa passagem secreta se encontrava.