Sinto que minhas palavras nunca foram minhas
Sinto que repetia palavras por outros balbuciadas
e vomitadas
Vento ia
Vento vinha
E nada mudava
Erguia meus olhos para o céu
Na esperança de que de lá viesse o meu socorro
Não gosto de soar ingrato
Mas sinto que sempre pago o pato
Por não conseguir escolher
Decidir, dirimir ou dirigir
Meus caminhos
Meus passos
Voltando as palavras
Sinto que agora, sou mais dono delas do que nunca
Mesmo que eu ainda tropece em meus pés cansados
Eu também privo meus lábios de dizer as minhas palavras
Até sobre escrever, ainda penso duas vezes se expresso ou não a minha opinião