Jonny, de tempos em tempos, precisava recomeçar. Entre essas idas e vindas, términos e recomeços, iniciou seus trabalhos em mais uma empresa. No início, percebeu que existiam o grupo de queridinhos/amigos do chefe – coisa que ele nunca se afinizou ou sucumbiu. Mesmo com tudo isso, ele se propôs a fazer o seu melhor e mostrar seu potencial e diferencial no trabalho. Para ele, melhor era uma boca fechada, mas produtiva, do que uma boca tagarela que não faz o que precisa ser feito. No entanto, ele se sentiu jogado aos leões, por ser medroso e temeroso, tremeu diante do desafio a sua frente. Após enfrentar esse e outros desafios, entendeu que enfim sabia o que estava fazendo, então com afinco prosseguiu nessa empreitada. Com o tempo e experiência, as coisas foram tomando outras formas. Aquilo que antes era tolerado, já não se tolerava mais. Foi aí que recebeu seu primeiro golpe: foi acusado de não ser proativo. Depois que se tornou mais proativo, foi acusado de que estava sendo proativo demais.
Reclamações de que ele mandava e-mails demais, eram recorrentes. Quando deixou de ser proativo demais, foi acusado de fazer corpo mole e que devia se virar sozinho com todas as demandas que tinha e recebia. Se aproveitaram do seu conhecimento para compartilhar com os demais – justo, vendo pelo prisma que estava sendo pago por isso. Depois de tudo isso, foi desligado sem justa causa. Alegaram que todo mundo na empresa reclamava dele. Verdade ou mentira? Reclamação de Deus e o mundo? E quando atendia aos pedidos que lhe eram feitos? Quando ficava noites sem dormir? Quando se preocupava mais do que os que realmente deveriam? Quando seu corpo começou a demonstrar que algo estava errado? Eis a questão, ser ou não ser?