Para ser sincero, não me lembro bem como tudo surgiu. Só sei que fui dando asas aos meus pensamentos, liberdade para que os meus sentimentos pudessem ser manifestos, mesmo que não pelas folhas de papel, ou pelo desabafar de lamentos com um amigo, mas por palavras digitadas num simples smartphone [Louvado seja Deus, por isso e TUDO mais].
Quando começo a pensar em toda essa história que foi traçada e descortinada, repenso e revejo tudo o que poderia ter servido de influência. Uma poesia que a principio me remeteu ao tema, foi a poesia da [para mim] poetiza Sandy Leah Lima, em Ela/Ele:
"Ela via o mundo
Ele via o mundo
Viam sob a mesma luz
Isso é tudo e era tudo que havia entre os dois em comum
Se conheceram no inverno de 2002
No vento um prelúdio do que viria depois
Do frio
Desculpa se fez pra ele estender seu casaco nos ombros dela
O inverno então se desfez
Quando ela em troca lhe deu com o olhar um abraço
Ele era um aspirante a poeta
Ela era a inspiração
E pra ele qualquer coisa nela despertava uma canção
Ela que sempre buscava em tudo um porque
Com ele bastava estar, sentir e viver
O tempo
Voava pros dois
E nem todo tempo do mundo seria o bastante
Os dias vividos a dois, provavam que a eternidade é só um instante
Ela já quis ser de tudo e até sonhou em ser piloto de avião
Finalmente alcançou o céu no instante em que ele lhe pediu a mão
Três letras ela respondeu
Na mais linda música se transformou sua voz
Enfim não haveria mais qualquer fragmento de vida, vivido a sós"
Só que no meu caso, não era bem uma história de amor. Foi um desabafo de uns tantos lamentos... Foi um encontro consigo mesmo. Prefiro definir como sendo 'um homem diante de um espelho' não mais embaçado, mas agora com uma visão mais claro de si mesmo e do ambiente ao seu redor.
Acredito que do meio para o fim, algo que descreve com melhor riqueza de detalhes, é uma outra poesia da mesma poetiza acima, chamada
Esconderijo:
"Nesse quarto escuro
Existe um menino assustado
Ele é sozinho
E teme que o mundo encontre o seu cantinho
Me entrega ele pra cuidar
Eu sei guardar segredo
Eu sei amar
Não conto pra ninguém
Que esse menino é alguém
De barba e gravata e que esse quarto escuro é sua alma"
No meu conto "Ele / Ela":
Ele sou eu.
Ela é a minha alma.
Na poesia da Sandy "Ela/Ele":
Eu queria ser ele.
Eu queria ter ela.
Na poesia da Sandy "Esconderijo":
Esse menino sou eu.
E esse quarto escuro é o meu esconderijo, a minha alma.
Até a próxima!
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Leia todas as partes deste conto:
* Ele / Ela
* Ele / Ela - Parte 2
* Ele / Ela - Parte 3
* Ele / Ela - Parte 4
* Ele / Ela - Parte 5
* Ele / Ela - O começo do fim