O amor é como o fogo, quente, queima, arde, aquece, abraça, afaga, às vezes, estraga e até afasta.
É estranho, e isso se assemelha com o processo de escrita.
Por vezes, rascunhos são feitos, jogados ao vento, vez ou outra, deixados de lado, mas em certos momentos, são recuperados e servem de amparo para um autor sem inspiração.
Ele não perdia a inspiração, por mais que a respiração lhe faltasse, fosse difícil e confusa em meio ao seu desaguar.
No marejar dos seus olhos, até a lágrima se formar por inteira, ele sentia que algo saía.
Pensou que se talvez chorasse um mar de lágrimas, sentiria que um oceano formaria, talvez como no dilúvio, um novo dia chegaria.
Mesmo achando que tivesse morrido, por estar ressequido, um novo caminho de palavras surgia, mesmo na surdina e que menos leitores o leriam.