Essa indecisão e incerteza,
Faz mal... muito mal!
Será que ele não percebe?
Percebe sim,
Pois é ele quem mais sofre.
Um desencontro?
Um reencontro?
Um desencontro num encontro?
Não sei.
Só sei que, em uma pequena fração de segundos,
Tudo mudou.
O que era,
Já não é mais.
E no final das contas,
Sou apenas eu,
Um bisbilhoteiro da vida alheia.
Acho que vou fazer mais disso,
Sair por aí observando o comportamento humano,
como se eu fosse algum tipo de especialista ou pesquisador.
Sendo que, não passo de um romeiro dos meus erros e sentimentos frouxos,
Um mero egoísta que carrega seus escritos como se fossem tesouros preciosos demais.
Mais louco.
Sempre se reprimiu.
Muito mais do que já fora.
Hoje, culpa todo seu cansaço e relapso, a amplificação da sua dor, que insiste em chamar de fibromialgia...
Talvez seja mesmo ela a culpada de todo esse seu dissabor...
Agora, entende porque alguns escritores escrevem em cafés ou em lugares abertos, com pessoas em movimento...
Pois no silêncio não se ouve a voz da multidão, não dá para criar muitas coisas baseadas nas cenas ao vivo...
Há apenas o vazio em mergulhar bem fundo para encontrar em si uma pequena fagulha de inspiração.
Com fones de ouvido, consegue ouvir alguma coisa, mesmo que sua atenção esteja focada em ouvir seus pensamentos quando estão produzindo...
Quem sabe o que pode surgir disso? Um livro? Talvez mais um para a sua coleção...