Mas com que propriedade
Vai ver que o infeliz dessa história toda,
Qual é a marca do meu celular?
Estou tão cansado desse desafio
Que é tentar te agradar
Talvez isso seja parte do meu objetivo
Talvez isso faça parte do meu risco
Talvez isso seja só pra me irritar
Eu talvez aja sem pensar
Não consigo mais simplesmente te escutar
Fico sem pensar e argumentar
Estou tão cansado desse desalinho
Que eu não quero mais nem brincar
Olha quanto tempo já se passou
Olha aqui como é que você me deixou
Meu coração trepida sem importar
Se a minha hipoglicemia vai se manifestar
Eu falo tanto sobre ela,
cobro tanto as pessoas,
mas ela vez ou outra,
falta nas minhas ações...
É tão incômodo isso,
que ultimamente tem sido um dissabor pra mim.
Esperar o mínimo já é frustrante,
enfim, cada um dá o que tem, né?
Mas é muito cansativo
se sentir como se fosse o único
a sempre ceder,
o único a sempre dar...
e nunca e nem nada receber.
Quantas coisas acontecem dentro e fora de nossa bolha?
Pensar que pessoas que vem situações de perto, desprezam os anseios alheios, parecendo cegas, surdas e mudas.
Mas como tudo sempre tem dois lados, para um estar certo, o outro precisa estar errado.
Acho que é por isso que eu não gosto do pitaco alheio
sobre as minhas coisas.
Pois a pessoa não viveu o que eu vivi.
Então, a mesma regra deve ser a minha
para a vida alheia.
O que me incomoda no outro,
certamente é algo que falta em mim.
E não podemos esquecer,
que o outro vê aquilo que não conseguimos enxergar.
Isso precisa ser valorizado.
Que eu fui levado a acreditar que eu nunca iria conseguir
Às vezes essa força contrária
Vinha de um ambiente externo
Para além da minha própria sabotagem
Mas na maior parte das vezes
Surge de dentro de mim
Como se eu fosse o meu pior inimigo
Sinto que não devo sofrer por algumas coisas
Me culpo por pensar demais
Por me preocupar
Não deveria pensar tanto
Pesar tanto
São muitas variáveis
Em grande parte das vezes, eu não aguento
Desde janeiro de 2019, mudei meu nome em algumas redes sociais, para o poeta que ninguém ler. Por mais negativa que soasse essa afirmação, ela fazia muito sentido pra mim, pelo menos naquele momento. Quando entendi que aquilo que você manifesta ao universo se torna realidade, precisei mudar novamente. Como um prosélito que sou, um camaleão ou uma metamorfose ambulante, cá estou eu mais uma vez, reescrevendo novos capítulos da minha vida e dos meus livros. Então, Zhé Lopes, o poeta que todos leem, soa como uma grande mentira, mas apenas, Zhé Lopes, por hora.
Não um Zé mane qualquer.
que travo diariamente
Com os dedos relutantes
para não dizer a verdade
Ainda não quero falar
Não estou pronto para me derramar
Se você me perguntar
se eu estou bem
Pode não receber a resposta
que realmente almeja
Pior que isso foi falado
Foi comentado
Talvez o outro lado tenha se afastado
Pelo fato do outro ter quisto se aproximar
Mas recebeu hostilidade
É bom
Por que não é sempre
É de vez em quando
Esporádico
Pois só vai aos finalmentes
Sem todo o aparato
Com tato, mas sem trato
Sem divisão dos problemas e responsabilidades
A afinidade e intimidade dura até alcançar o objetivo
Mas não sai deles.
Entra com fome e às vezes continua.
Mesmo depois de ter feito seu pedido
Ou ter saciado o que pensava ser fome...
"Cara, sendo muito sincero, odeio esses apps, mas volta e meia volto pra cá. E confesso que não entendo as pessoas estressadas que ficam neles e não querem interagir ou estão cansadas também. Sei lá… me desculpe qualquer coisa. Enfim, só acho que às vezes o que as pessoas querem, é algo rápido, mas se esquecem que tem seres humanos com sentimentos e outras vontades do outro lado."
Depois de ser desligado do emprego dos seus sonhos, decidiu que ia entrar em seu momento sabático.
Se dedicou a religião que seguia,
Decidiu não dar ouvidos a vozes estranhas,
E decidiu ouvir a voz que ecoava em seu coração.
Por mais estranho que parecesse,
Era o mais sincero possível consigo mesmo,
Ou pelo para com os princípios que tinha adquirido até então.
Embora nos dia de hoje saiba muito bem que não havia sinceridade ali, o que havia era medo.