Pensamento do dia:

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Era uma vez... #4


Tudo que ele espera da sua arte, da sua criação, é o que ele esperava receber do seu criador.

Ouvir palavras doces, como as que ele emanava, seriam um divisor em todo seu oceano de dor.

Infelizmente, nem tudo o que queremos é possível.

Nem tudo que esperamos acontece.

Vivemos frustrados, na frustração de uma espera recíproca, ou nem tão recíproca assim, pois não enxergamos nem nosso umbigo, quem dirá o que fazemos com os outros.

Esperar que o universo te retorne flores, se nem sementes plantas, apenas com mentiras regas, a espera da poda de seus espinhos, mas que ressequidos insistem em ferir qualquer um que tenta se achegar.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O doador de livros... [Sobre dar livros...]


Certo dia, ele ouviu de uma psicóloga, que livro não é algo que se dá, pois você tira dele o seu valor.

Livro é algo que precisa ser escolhido, ser comprado e pago.


Sinceramente, algo que não tem valor pra alguém, é certeza de que não receberá a sua valorização devida.


Mas o desejo dele de dar seus livros, é de se fazer conhecido.


Feedbacks sinceros recebe, mas o que esperar de quem não o valoriza?


A reflexão se fez necessária.



Num mundo em que muitos querem e esperam por uma doação, ele resolveu doar, entregar o que pensava ser o seu mais precioso tesouro.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Era uma vez... #3

O amor é como o fogo, quente, queima, arde, aquece, abraça, afaga, às vezes, estraga e até afasta.

É estranho, e isso se assemelha com o processo de escrita.

Por vezes, rascunhos são feitos, jogados ao vento, vez ou outra, deixados de lado, mas em certos momentos, são recuperados e servem de amparo para um autor sem inspiração.

Ele não perdia a inspiração, por mais que a respiração lhe faltasse, fosse difícil e confusa em meio ao seu desaguar.

No marejar dos seus olhos, até a lágrima se formar por inteira, ele sentia que algo saía.

Pensou que se talvez chorasse um mar de lágrimas, sentiria que um oceano formaria, talvez como no dilúvio, um novo dia chegaria.


Mesmo achando que tivesse morrido, por estar ressequido, um novo caminho de palavras surgia, mesmo na surdina e que menos leitores o leriam. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Pra que cozinhar se não tem intenção de comer?


Por puro egoísmo

Egocentrismo


O que o homem mais faz, é isso


Instigar o que não quer alcançar


Isso é maldade ou necessidade?



Se aproveitando do desejo alheio


Às vezes, a pessoa está em paz


Mas a outra vem pra despistar


Vez ou outra eu sou esse ou aquele

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Era uma vez... #2

A palavra era o verbo e o verbo estava escondido.

Até ser completa, uma história, ela passa por muitas fases.

Existe a ideia, a inspiração, o desejo, a vontade, a escrita, a temática e a vivência do autor.

Não importa mais se ele se senta em frente a uma velha máquina de escrever, ou se ainda usa folhas de papel para derramar sua alma.

Por mais que alguns autores insistam em dizer que escrevem sem se envolverem nas histórias, eu não consigo acreditar nisso.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

A Bolha


Quando não passamos por alguma situação muito especifica, acabamos ignorando ela, como se ela não existisse.

Quantas coisas acontecem dentro e fora de nossa bolha?



Pensar que pessoas que vem situações de perto, desprezam os anseios alheios, parecendo cegas, surdas e mudas.



Mas como tudo sempre tem dois lados, para um estar certo, o outro precisa estar errado.

sábado, 5 de outubro de 2024

Era uma vez… #1


Era uma vez, um menino que gostava muito de escrever...

Ele não era muito de falar, mas contava histórias como ninguém.



Ele se escondeu atrás de um pseudônimo que o proporcionava viver e sentir como se fosse livre, como alguém que não tinha defeitos ou máculas.



Por mais que sua vida fosse sombria, ele sorria quando escrevia, pois se realizava muito nisso.