O extraterrestre

Ilustração do Theo Calegari do 2º ano do ensino fundamental

A segunda parte desse projeto lindo, criado pela escola RedeGru, de Guarulhos/SP, de  escrever uma história, baseada em um desenho de um dos alunos.

Segue meu segundo texto e interpretação desse lindo desenho:

No mundo das cores...

Ilustração de Valentin, de 6 anos do 1º. ano da Escola RedeGru, 2025

Pelo segundo ano consecutivo, recebi o convite para participar desse projeto lindo criado pela escola RedeGru, de Guarulhos/SP.

Escrever uma história, baseada em um desenho de um dos alunos.

E para a minha sorte, foram dois desenhos.

Segue meu texto e interpretação desse lindo desenho:

Sobre aniversários... #39

E de repente... 39.

Ainda posso dizer:
"Sou jovem pra ser velho e velho pra ser jovem?"

Não sei, só sei que envelhecer tem seu lado agridoce.

Sabedoria de um lado, incertezas de outro...

Sentir-se maduro, mas nunca pronto ou preparado.

A vida é uma escola e literalmente,

os anos são as séries da vida.

Queremos viver histórias na fantasia,

mas nos esquecemos do que vivemos na realidade.

Em um mundo paralelo, ser ou não ser,

sempre será uma questão.

Por isso, escolhi viver e deixar que cada dia conte a sua história.

Sigo, tentando não ansiar pelo futuro que está a poucos segundos de mim...

Amanhã será 40... e no caminho até lá, eu descubro.

O que realmente somos?

Somos a mistura de muitas coisas…

Bem e mal,

luz e trevas,

vitórias e derrotas,

verdades e mentiras,

forças e fraquezas,

conquistas e frustrações…

Somos pedaços, somos metades, somos inteiros?

Nada disso nos define

ou pode dizer o que somos ou o que seremos.

Somos momentos, seremos instantes…

Tudo aqui, é agora e por enquanto.

Jura Juradinho?

Não existem coisas

que podem ser juradas para todo sempre.

- Promessas de amor

- Casamento

- Fidelidade

Nada disso pode ser eterno.

"Até que a morte os separe",

parece mais honesto.

Por que, por mais que eu queira

que você viva pra sempre,

No meu coração,

No meu pensamento...

Nas minhas lembranças você vai sempre estar.

E é injusto eu cobrar algo que você não pode me prometer e que eu também não posso cumprir!

As minhas palavras... 2025

Sinto que minhas palavras nunca foram minhas

Sinto que repetia palavras por outros balbuciadas

e vomitadas

 

Vento ia

Vento vinha

E nada mudava

 

Erguia meus olhos para o céu

Na esperança de que de lá viesse o meu socorro

 

Não gosto de soar ingrato

Mas sinto que sempre pago o pato

 

Por não conseguir escolher

Decidir, dirimir ou dirigir

 

Meus caminhos

Meus passos

 

Voltando as palavras

Sinto que agora, sou mais dono delas do que nunca

 

Mesmo que eu ainda tropece em meus pés cansados

Eu também privo meus lábios de dizer as minhas palavras

 

Até sobre escrever, ainda penso duas vezes se expresso ou não a minha opinião

Escrita terapêutica...

Escrever é uma forma de terapia.

É a forma que melhor me expresso,

ou pelo menos, tento.

Vez ou outra, até a comunicação escrita falha,

mas em meu diário pessoal de forma pública,

essa, por mais clareza e sinceridade que tenha,

pode ser facilmente digerida ou não.

E saber que esse processo é terapêutico para os outros também, é muito reconfortante.